Faleceu ontem, em São Paulo, aos 81 anos, Mário Travaglini.
Ex-zagueiro, treinador e dirigente, Travaglini dedicou sua vida ao futebol. Começou a carreira aos 16 anos, nos juvenis do Clube Atlético Ypiranga, e fez sua estreia pelos profissionais aos 21. Como jogador, teve passagens também por Palmeiras, Nacional e Ponte Preta. Pendurou as chuteiras cedo, aos 29 anos, tendo disputado 31 partidas com a camisa alviverde entre 1955 e 1958.
Mas foi como treinador que Travaglini deixou sua marca no futebol. Responsável por introduzir as variações táticas europeias no país e combiná-las ao talento natural dos jogadores brasileiros, Travaglini iniciou a carreira de técnico nos juvenis do Palmeiras, em 1963, e rapidamente assumiu o time principal. Como treinador do escrete palestrino, Travaglini foi comandante da Primeira Academia, conquistando os títulos Paulista de 1966, e a Taça Brasil (cujo vídeo você pode ver aqui) e o Robertão de 1967.
Permaneceu no Palmeiras até 1971, quando pegou a ponte aérea e foi treinar o Vasco. No clube carioca, além de ter sido o responsável por revelar Roberto Dinamite, levou a nau vascaína ao título Brasileiro de 1974. Em 1976 foi para o Fluminense, onde foi campeão carioca, permanecendo até o início de 1977. Entre 1978 e 1981, atuou como supervisor da seleção brasileira, auxiliando Coutinho na Copa da Argentina.
De volta da seleção, Travaglini assumiu o Corinthians, onde foi um dos técnicos da Democracia. Responsável por revelar Casagrande, conquistou o título Paulista de 1982 pelo rival. Treinou também o São Paulo, mas sem o mesmo brilho.
Voltou ao Palmeiras em 1984, onde alcançou o quarto lugar no Paulista daquele ano. Chegou a treinar o Vitória, em 1987, e rodou por algumas equipes de São Paulo até encerrar a carreira como treinador, no início da década de 90. Como dirigente, atuou como presidente do sindicato dos treinadores de São Paulo.
Seus feitos como treinador nos fizeram escolhê-lo como maior treinador paulista que tivemos. Reconhecimento justo para este grande profissional que nos comandou durante 175 partidas.
O IPE transmite os sentimentos à família de “seo” Mário, mais uma figura indelével da gloriosa história do Campeão do Século. Obrigado!
Deixe um comentário